Origem do mestrado de ensino de Geografia e Ensino como ferramenta política.

 A aula de Didática da Geografia de dia 16/11/21, começa com uma introdução à história do mestrado de ensino de geografia em Portugal e os momentos mais importantes na evolução da profissão. Primeiramente, em 2007 temos a criação do mestrado de ensino de História e Geografia registado no decreto-lei 43 de 2007. Quatro anos passados, é criada uma petição pública nacional, por uma formação autónoma dos professores de geografia e de história. Por uma formação inicial de qualidade. Além da formação específica, o professor de geografia precisa ainda de se manter atualizado, de se reinventar, o que pode ser feito de forma autónoma ou através de formações durante a vida profissional. A relação professor-aluno, domínio de métodos e técnicas de ensino e tecnologias de informação, são também essenciais ao professor de geografia. Na minha formação escolar e académica consigo identificar momentos onde trabalhei estas competências identificadas como essenciais, com exceção da relação professor-aluno, ainda que tenha participado nela, nunca o experienciei no papel de professor, espero, portanto, que nos semestres que se vão seguir
neste mestrado tenha oportunidade de desenvolver essa competência, que me parece ser a mais importante, dado que com alunos contrariados não há metodologia de ensino que nos salve.

O ensino nos últimos 20 anos passou por três fases distintas: 

  • Em 2001, este focava-se no ensino por competências, saberes em ação/práticos.
  • Em 2013, foram introduzidas as metas curriculares, ou seja, passámos a ter um ensino mais direcionada para a aquisição de conteúdos, esquecendo as competências. 
  •  Em 2018, aprendizagens essenciais e retoma-se a ideia de competências.

Estes três momentos, estão associados a uma mudança governativa no país, onde no primeiro momento governava o PS com o primeiro-ministro António Guterres, seguido do PSD/CDS com Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro e por fim o regresso do PS agora na forma de "geringonça" com o primeiro-ministro António Costa. Ou seja, muda o governo, mudam as políticas, o ensino é utilizado como ferramenta política o que é um bloqueio à evolução do próprio sistema educativo, visto que todo o trabalho feito pode ser posto em causa quatro anos depois, nas eleições, acabando por prevalecer o ensino tradicional mais confortável para os professores.

Nas aprendizagens essenciais do 7.º ano de geografia, as áreas de competências primordiais são, localizar e compreender os lugares e as regiões, problematizar e debater as interrelações entre os fenómenos e espaços geográficos e, comunicar e participar. A seguir, o professor Sérgio Claudino distribuiu uma ficha com algumas questões sobre este tema que acabamos por não corrigir porque estava na hora de assistirmos a uma conferência.

Essa conferência foi dinamizada no âmbito do projeto LiMa, com o tema "Open Educational Ressources".


Comentários